Beatriz Freitas

Quem Sou
Minha história começa entre os rios, as árvores e a vastidão verde da Amazônia — um território vivo, onde cada som, aroma e movimento ensinam sobre presença e conexão. É ali que estão as minhas raízes, fincadas na sabedoria dos povos indígenas do norte do Brasil, um povo que vive em harmonia com a terra e aprende, com humildade, o verdadeiro sentido do cuidado, do acolhimento e da relação com o sagrado.
Essas raízes moldaram o meu olhar sobre a vida. Desde cedo, aprendi que a natureza fala em silêncio, e que é através dela que a alma encontra equilíbrio.
Com o tempo, a vida levou-me a cruzar o oceano e a chegar às terras lusitanas. Aqui, em Portugal, reencontrei a força da minha ancestralidade paterna. Das terras nortenhas herdei o saber celtibérico — uma visão espiritual que compreende a existência como um caminho de aprendizado, transformação e amadurecimento da alma.
Essas duas linhagens — a amazónica e a celta — entrelaçam-se em mim como duas correntes de um mesmo rio: uma representa a terra, a outra o vento; uma ensina o silêncio da floresta, a outra, o som do espírito em busca de expansão.
Caminho e Propósito
A espiritualidade sempre foi o eixo da minha vida. Desde jovem, senti uma ligação profunda com o invisível, com o que vibra para além do olhar. Em 2014, essas experiências começaram a ganhar forma, revelando um caminho que mais tarde se tornaria a minha vocação.
Em 2018, decidi entregar-me completamente a esse propósito. Deixei que a espiritualidade deixasse de ser apenas um estudo ou uma prática pessoal, para tornar-se a minha profissão e o meu modo de servir o mundo.
Ao longo dessa jornada, encontrei na Leitura da Aura, nas Constelações Familiares e na Psicologia Analítica as linguagens que mais ressoam com a minha alma e com a missão que me move: ajudar pessoas a compreenderem seus processos internos, a reconhecerem seus padrões e a reencontrarem a própria luz.
Cada encontro que facilito é um espaço de escuta, presença e integração — onde a energia, as emoções e a consciência se unem para revelar o que o coração já sabe, mas ainda não tinha palavras para dizer.
Caminho e Essência
Acredito que cada ser humano traz dentro de si uma sabedoria natural — uma força silenciosa que o conduz ao equilíbrio, mesmo nos momentos de maior incerteza. O meu propósito é ajudar a despertar essa sabedoria, oferecendo um espaço de escuta, acolhimento e presença, onde cada pessoa possa reencontrar o seu próprio ritmo e a sua verdade interior.
Vejo a vida como um caminho de aprendizado contínuo, um movimento de expansão e retorno. Quando nos permitimos olhar para dentro com honestidade e compaixão, a cura acontece naturalmente. A espiritualidade, nesse sentido, não é algo distante — é a própria respiração da alma, o fio que liga mente, corpo e coração.
O meu trabalho nasce desse lugar de integração: unir o visível e o invisível, o humano e o sagrado, ajudando cada pessoa a lembrar-se de quem é. Acredito que, ao reconectarmo-nos com a nossa essência, também contribuímos para a harmonia do todo — porque cada despertar individual ilumina um pouco mais o caminho coletivo.
Coração: Solo Sagrado

O coração é um templo vivo, onde pulsa a manifestação de todo o universo. Um espaço sagrado que convida ao encanto, à reverência e à entrega sensível de quem deseja tocá-lo.
Antes de cruzar os portais deste solo, é preciso despir-se — não apenas dos calçados que endurecem os passos, mas também das certezas e dos pesos que carregamos. Entrar no território do coração exige suavidade nos gestos, um olhar voltado ao invisível, e um silêncio capaz de escutar as notas mais sutis da alma. É preciso coragem para se render ao mistério e deixar-se guiar por aquilo que não se pode medir, mas apenas sentir.
Caminhar por essas terras é um ato de devoção. O sabor do trajeto é agridoce: uma mistura de honra e responsabilidade. Honra, por sermos convidados a acessar algo tão grandioso; responsabilidade, porque é necessário permanecer limpos — livres das sombras do ego, que turvam a visão da verdadeira beleza que ali habita.
Solo Sagrado
Quando alguém se despe diante de nós, não cabe julgamento ou análise, mas sim um olhar cheio de ternura e gratidão. A luz que emana do Ser é tão intensa que exige que apaguemos as luzes limitadas da mente cotidiana, para que possamos enxergar com o coração.
Aqui, o toque vai além do físico. É um sentir profundo, com a pele, a carne e os ossos. É um abraço entre almas. Estar em comunhão com o sagrado pede uma entrega delicada — um abandono das velhas certezas, dos desejos que nos aprisionam, das expectativas que insistem em nos guiar.
Estar ao Serviço do coração é um ato de amor. Amor por aquilo que é maior, mais profundo e mais verdadeiro. É uma dança entre o visível e o invisível, onde cada passo pede respeito e cada gesto é um poema de cuidado.